Extreme climate impacts over benthic assemblages and carbon dynamics on tropical
mangrove ecosystems

Nome: Luiz Eduardo de Oliveira Gomes
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 28/03/2022
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
Angelo Fraga Bernardino Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
Sergio Antonio Netto Examinador Externo
Roberto Lima Barcellos Examinador Externo
Gabriel Nuto Nóbrega Examinador Externo
Tiago Osório Ferreira Examinador Externo
Angelo Fraga Bernardino Orientador
Hermano Melo Queiroz Suplente Externo
Jean-Christophe Joyeux Suplente Interno

Resumo: A atividade humana influencia diretamente o clima global por meio da
intensificação das emissões de gases de efeito estufa (GEE), como dióxido de carbono e
metano, por exemplo, fruto de ações de desmatamento e utilização de combustíveis
fósseis. Como consequência, todas as formas de vida na terra serão afetas, incluindo o
bem-estar humano que sofrerá uma infinidade de impactos devido ao aumento de
frequência e intensidade de eventos climáticos extremos (secas e tempestades intensas).
Neste sentido, a conservação e recuperação de manguezais surgiu como uma solução
baseada em natureza, fundamental para mitigar estes impactos. Durante o
desenvolvimento desta tese eu busquei, por meio de múltiplas linhas de evidência,
compreender os impactos de concomitantes eventos climáticos extremos sobre o
ecossistema manguezal, seus serviços ecossistêmicos e biodiversidade bentônica
associada. Os estudos foram desenvolvidos no estuário Piraquê Açú-Mirim (Espírito
Santo), um estuário relativamente bem preservado e que sofreu grande influência de
eventos climáticos ao longo dos últimos anos. Cerca de 30% das florestas de manguezal
deste estuário foram impactadas por uma tempestade que seguiu dois anos de seca intensa
durante o El Niño de 2014-2015. Assim, esta região funciona como modelo experimental
para melhor compreender a vulnerabilidade de manguezais em um futuro climático mais
quente e seco. Os capítulos desta tese apresentam de forma progressiva resultados inéditos
sobre o entendimento destes impactos, emergindo, por fim, um potencial serviço
ecossistêmico a ser estimulado pelo mercado de carbono para inspirar ainda mais a
aplicação de soluções baseadas em natureza vindas dos manguezais. O primeiro capítulo
evidencia como os eventos climáticos extremos afetam a transferência de carbono fruto
da serapilheira para ecossistemas próximos. O segundo capítulo destaca a elevada perda
de carbono estocado nos solos dos manguezais, ressaltando o potencial aumento de
emissão dos gases de efeito estufa devido a perda destes ecossistemas. O terceiro capítulo
evidencia os impactos sobre as assembleias bentônicas de florestas de manguezal e como
a alteração destas assembleias auxilia na alteração das emissões de gases de efeito estufa.
O quarto capítulo ressalta como mudanças de uso do solo causadas pelo ser humano irão
afetar as taxas de enterramento de carbono em florestas de manguezais. Além disso,
evidencia-se a grande ausência de informações oriundas de manguezais impactados por
eventos climáticos extremos. Ao final deste capítulo discuti o grande potencial de
enterramento de carbono das florestas de manguezal brasileiras e como sua aplicação no
mercado de carbono pode auxiliar o alcance das metas de redução de gases de efeito estufa
assinada pelo Brasil, servindo de modelo para outros países com ecossistemas costeiros
ricos em carbono.

Palavras-chave: Mudanças climáticas, Manguezal, Soluções baseadas em natureza,
Macrofauna estuarina, Estoque de carbono

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