Revisão cladística e taxonômica de Messatoporus Cushman (Hymenoptera, Ichneumonidae, Cryptinae)

Nome: BERNARDO FERREIRA DOS SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/02/2011
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Alexandre Pires Aguiar Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Alexandre Pires Aguiar Orientador
Celso Oliveira Azevedo Examinador Interno
Marcelo Teixeira Tavares Examinador Interno
Outro Departamento Examinador Externo

Resumo: O gênero Neotropical e Neártico Messatoporus Cushman é diagnosticado, redescrito, e suas espécies revisadas. Um total de 91 espécies válidas são reconhecidas, das quais 67 são descritas como novas. M. jocosus (Provancher e M. rufiventris Cushman são reconhecidos como sinônimos júniores de M. discoidalis (Cresson), uma espécie predominantemente Neártica com alto nível de variação na cor. M. tricolor (Szépligeti) é proposta como sinônimo de M. variegatus (Szépligeti). M. nigrispinus (Cameron) é transferida para Prosthoporus Porter. Uma chave de identificação para as espécies, baseada nos dois sexos, é apresentada. Todas as espécies válidas são descritas ou redescritas e ilustradas. Numerosos novos registros geográficos e mapas de distribuição são fornecidos. A validade e relações filogenéticas do gênero são cladisticamente investigadas utilizando 162 caracteres morfológicos numa matriz com 25 espécies de Messatoporus e 105 grupos externos. As análises cladísticas foram conduzidas utilizando pesagem implícita, com valores de 1-6 para a constante de concavidade. Todas as análises recuperaram Messatoporus como um grupo monofilético, apoiado por 711 sinapomorfias. Os resultados também dão suporte à monofilia dos cinco gêneros avaliados de Osprynchotina, num clado incluindo Dotocryptus Brèthes. De acordo com a redefinição aqui proposta, Messatoporus é reconhecido pela seguinte combinação de características: bordas laterais do clípeo projetadas; mandíbula longa, estreitando-se no ápice, com dente ventral muito mais curto que o dorsal, ou indistinto; sulco transverso na base do propódeo longo e raso; margem anterior do propódeo côncava; área posterior do propódeo quase sempre com estriações transversais; espíráculo do primeiro segmento metasomal posicionado aproximadamente na metade de seu comprimento; carena mediana dorsal ausente; ovipositor basalmente cilíndrico, apicalmente deprimido, com valva ventral encobrindo completamente a valva dorsal. Uma segunda análise incluindo todas as espécies do gênero foi realizada para avaliar a filogenia em nível genérico. O conjunto de caracteres incluiu 106 caracteres considerados de imporância filogenética dentro do gênero, e utilizou o mesmo protocolo de análise citado acima. É detectada uma transição distinta e gradual, de espécies mais similares aos demais Osprynchotina para um morfótipo significativamente diferente, com várias convergências com os Gabuniina. As convergências são interpretadas como adaptações para atingir os hospedeiros, e podem estar relacionadas ao uso de hospedeiros mais profundamente escondidos. Em razão da natureza gradual do padrão de modificação morfológica, e porque a topologia recuperada não permite a separação das espécies em mais de um grupo monofilético distintamente reconhecível, a divisão de Messatoporus em dois ou mais gêneros ou subgêneros não é recomendável.

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