Estruruta de comunidade e distribuição espacial dos peixes das poças de maré em um recife do Atlântico sudoeste, Brasil

Nome: Raphael Mariano Macieira
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2008
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Jean-Christophe Joyeux Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Agnaldo Silva Martins Examinador Interno
Carlos Eduardo Leite Ferreira Examinador Externo
Jean-Christophe Joyeux Orientador

Resumo: Coletas trimestrais foram realizadas em seis poças de maré da praia dos Castelhanos, ES, entre agosto 2005 a junho 2007. Um total de 3448 indivíduos representados por 64 taxa (58 espécies) e 28 famílias foram capturados. As espécies mais abundantes, representando 70% de todas as capturas, foram Bathygobius mystacium, Labrisomus nuchipinnis, Bathygobius soporator, Halichoeres poeyi, Ctenogobius boleosoma, Sparisoma axillare, Abudefduf saxatilis, Stegastes fuscus, Malacoctenus delalandii e Acanthurus bahianus. O número de espécie foi elevado, quando comprado a outras áreas do oceano Atlântico. Dezesseis espécies foram consideradas residentes permanentes, 19 oportunistas e 23 transitórias. A categoria residente permanente dominou, em número e peso, em relação às outras categorias. As poças foram bastante diversas quanto às características morfométricas e muito semelhantes na variação dos parâmetros físico-químico da água (exceto poça 01). O elevado número pode estar relacionado à localização do Espírito Santo em uma zona de transição biogeográfica. A composição e a estrutura da comunidade da poça 01 estão relacionadas aos parâmetros físico-químicos da água e a posição no recife rochoso, enquanto as comunidades das outras poças (02, 03, 04, 05 e 06) seriam estruturadas, principalmente, pelas características morfométricas das poças e por outros fatores de caráter ecológico. Apesar da pouca diferença entre os parâmetros físico-químicos da água entre as 5 poças (excluindo a poça 01), os 10 taxa mais numericamente abundantes apresentaram padrões de distribuição espacial, do número de indivíduos e do peso total bastante marcados. De forma geral, há três faixas bem definidas de distribuição vertical da ictiofauna na Praia dos Castelhanos, que são resultado da interação do lençol freático (próximo à praia), da morfometria das poças (na maior parte do recife) e ao mar (em poças parcialmente conectadas). Os fatores responsáveis pela estruturação da comunidade nos recifes rochosos no recife da Praia dos Castelhanos parecem divergir, em parte, daqueles classicamente encontrados nos costões rochosos. Os padrões de distribuição espacial muitas vezes foram relacionados aos nichos disponíveis em cada tipo de poça, independente da posição no recife rochoso. Desta maneira, pode-se afirmar que interação sinergética entre os parâmetros físico-químicos da água, os nichos disponíveis e as relações ecológicas em cada poça são os responsáveis pela composição e estruturação da comunidade.

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