Filogenia e Biogeografia de Leptohyphidae (insecta: Ephemeroptera)

Nome: Paula Malaquias Souto
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 04/05/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Frederico Falcão Salles Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Allan Paulo Santos Examinador Externo
Frederico Falcão Salles Orientador
Inês Corrêa Gonçalves Suplente Externo
Lucimar Gomes Dias Examinador Externo
Roberta Paresque Examinador Interno
Sarah Maria Vargas Suplente Interno
Taissa Rodrigues Marques da Silva Examinador Interno

Resumo: Leptohyphidae comporta 163 espécies e 15 gêneros válidos, apresentando distribuição panamericana e provável origem Neotropical. Pertence à infraordem Pannota, onde já foi considerada subfamília de Tricorythidae. No entando, não existe um consenso entre os pesquisadores quanto às relações entre as famílias de Pannota e qual seria o grupo irmão de Leptohyphidae. Dentre as famílias propostas como mais relacionadas à Leptohyphidae, Tricorythidae e Coryphoridae são dois exemplos. Sendo a primeira restrita ao continente Africano e a segunda endêmica da Amazônia, os dois relacionamentos sugerem diferentes propostas biogeográficas para a origem e evolução de Leptohyphidae. Dentro deste contexto, a presente tese apresenta dois estudos dentro de Leptohyphidae: um acerca da diversidade genética de uma possível espécie críptiva com variação na cor dos olhos, Leptohyphodes inanis; e outro que investiga as relações filogenéticas de Leptohyphidae com as demais famílias de Pannota, além dos relacionamentos entre gêneros dentro da família e os possíveis processos que contribuíram para o padrão de distribuição atual dos gêneros de Leptohyphidae. Com objetivo de identificar a distância genética dentro de L. inanis, sequenciamos um segmento do gene mitocondrial COI de 17 indivíduos de diferentes populações com duas cores de olhos: vermelho e preto. Através das análises moleculares (Inferência bayesiana, Neighbour Joininge rede de haplótipos), foi possível encontrar três linhagens evolutivas, contudo as divergências genéticas intraespecíficas modelada pelo Kimura-2 parâmetros mostraram valores muito altos (0 a 30.5%) com 23.3 a 24.9% de média entre as linhagens e 4 a 13% dentro das linhagens, sugetindo uma forte evidência de pelo menos três espécies putativas no complexo de espécies de L. inanis.Ainda, os olhos vermelhos foram recuperados como traços plesiomórficos no grupo, não sendo um bom diagnóstico para identificar as espécies. Acerca do segundo estudo, as análises foram feitas bom base em caracteres moleculares e morfológicos usando abordagens bayesiana e de parcimônia. Todas as análises recuperaram o monofiletismo da família, enquanto que o grupo irmão de Leptohyphidae variou conforme o método, podendo ser Teloganodidae (Afrotropical), Ephemerythidae (Afrotropical) ou o clado formado por Melanemerella + Coryphoridae + Teloganodidae (Mata Atlântica, Amazônico e Afrotropical, respectivamente). Baseado nas análises de datação molecular, S-DIVA e do VIP (Vicariant Event Program), o ancestral de Leptohyphidae foi encontrado restrito à Subregião Chacoana na América do Sul após um evento vicariante do continente Gondwânico, por volta de 151.9 milhões de anos (120.0 – 184.4).

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